24 dezembro, 2014

NATAL DO MEU SENHOR

Por Antonio Carlos Costa

Eu amo a Cristo. Na véspera do Natal de 2014 gostaria de falar sobre os motivos do meu amor pelo meu Senhor.

Eu amo a Cristo porque ele me ama. Com 20 anos o conheci. Nada de mais importante aconteceu na minha vida até hoje. Nesses anos de convívio com o meu amado Senhor, percebo o quanto sua mensagem e providência me protegeram. Há uma pergunta que causa perplexidade a todos os cristãos: onde você estaria se não tivesse encontrado a Cristo? Todos, sem exceção, olham horrorizados para as consequências da vida sem luz.

Eu amo a Cristo porque ele ama a verdade. Nem toda verdade tem o mesmo peso de importância para a nossa vida. Há grande diferença entre conhecer muitas coisas e conhecer o essencial. De que vale você e eu sabermos discorrer sabiamente sobre o curso dos astros se ignoramos quem somos, de onde viemos e para onde vamos? Cristo, em toda sua vida pública, chamou o homem para tomar consciência do seu pecado, buscar reconciliação com Deus, receber perdão, aprender a amar e livrar-se da morte eterna. Há verdade mais importante do que essas?

Eu amo a Cristo porque ele ama os pecadores. O tempo inteiro o vemos no evangelho em busca de gente torta e carregada de culpa. Jamais aconteceu de ele não tratar com candura o pecador moído pela dor do arrependimento. Com Cristo aprendemos a confiar mais na misericórdia de Deus do que na nossa inocência.

Eu amo a Cristo porque ele ama o oprimido. Há esperança para todos. Pode-se observar nas Escrituras os mais diferentes tipos de seres humanos encontrando abrigo no coração de Cristo. Observa-se, contudo, o quanto dedicou sua vida aos pobres, aos doentes, aos mentalmente perturbados, aos deficientes físicos, aos solitários, aos que passaram por grandes perdas na vida. Cristo jamais ignorou a dor humana.

Eu amo a Cristo porque ele ama a si mesmo. Todos sabemos do poder corruptor da visão hipertrofiada sobre nós mesmos. Por crermos em algo que não somos enganamos a nós mesmos e menosprezamos pessoas. Cristo tem prazer em si mesmo. Isso fica-lhe bem. Ele é o que diz ser. Nunca o encontramos nas Escrituras se sentindo culpado. O Pai podia dizer a Ele: "Tu és o meu Filho amado, em Ti eu me comprazo". O que quero dizer é que Cristo é excelente. Por isso, nós cristãos adoramos o nosso Senhor -Lírio dos vales e Estrela da manhã.

Eu amo a Cristo porque ele ama o Pai. Num mundo em que todos menosprezam quem criou o universo, passou por este planeta um que podia dizer: "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra". Ele foi obediente, por amor, até a morte. Nisto consiste a felicidade de Deus, na mútua contemplação da beleza das pessoas da Trindade.

Não dá para ficar calado no Natal. O amado da minha alma nasceu em Belém. A profecia se cumpriu. O amor se manifestou da forma mais sublime.

Que neste Natal você proclame também os motivos do seu amor, tal como o grande apóstolo, que podia dizer, certamente, com lágrimas nos olhos:

"Logo, já não sou em quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim".

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Antonio Carlos Costa é pastor presbiteriano, presidente da Ong Rio de Paz. Fonte: Palavra Plena.

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