Um dos jornais mais importantes do mundo comparou a influência do pastor Malafia com a de Edir Macedo e R R Soares
O pastor Silas Malafaia foi destaque na edição do último sábado (26) do jornal The New York Times. Uma extensa matéria, escrita pelo correspondente Simon Ribeiro, destacou a popularidade dos livros e Dvds de pregação de Malafaia, bem como seus programas que hoje são dublados em inglês e transmitidos pelos canais de TV a cabo Daystar e Trinity Broadcasting Network.
O pastor Silas Malafaia foi destaque na edição do último sábado (26) do jornal The New York Times. Uma extensa matéria, escrita pelo correspondente Simon Ribeiro, destacou a popularidade dos livros e Dvds de pregação de Malafaia, bem como seus programas que hoje são dublados em inglês e transmitidos pelos canais de TV a cabo Daystar e Trinity Broadcasting Network.
O jornal americano o comparou a Edir Macedo
e R. R. Soares, classificando-os de “líderes evangélicos que comandam
grandes impérios”. Mencionou também as longas horas de programação
televisiva que seus programas ocupam.
Porém,
o grande destaque foi dado à “guerra” que ele vem travando contra seus
inimigos: os líderes do movimento gay do Brasil, os defensores do
direito ao aborto e ao que apoia a descriminalização da maconha.
Há
o reconhecimento da força de suas palavras e capacidade de mobilizar
milhares de pessoas que foram, por exemplo, até Brasília para uma
passeata na capital contra o projeto de lei que visa punir qualquer tipo
de discriminação contra os homossexuais, a PL 122.
Algumas
declarações de Malafaia receberam atenção especial como “Eu sou o
inimigo público n º 1 do movimento gay no Brasil”, algo que ele tem
repetido diversas vezes. Mencionou também o ensaio escrito pela
jornalista Eliane Brum para a revista Época, que mencionava das
dificuldades de alguém ser ateu num Brasil cada vez mais evangélico e
sua críticas ao que chamou de “disputa cada vez mais agressiva pelas
quotas de mercado” entre as grandes igrejas.
Durante
uma entrevista em Fortaleza, Malafaia teria chamado Elaine Brum de
“vagabunda”, e enfatizou que “os ateus comunistas” em países como União
Soviética, Camboja e Vietnã foram responsáveis por mais mortes do que “a
guerra produzido por questões religiosas.”
Andrew
Chesnut, especialista em religiões latino-americanas e professor da
Universidade Commonwealth da Virginia, comparou Malafaia ao pastores
mais conservadores dos EUA. “Ele é como Pat Robertson, no sentido de ser
pioneiro no movimento que introduziu a direita evangélica na política
nacional”, disse Chesnut.
O
New York Times ressaltou o crescimento da influência dos evangélicos no
país, inclusive na política e afirmou que enquanto o Brasil ainda tem o
maior número de católicos romanos no mundo, passou a rivalizar com os
Estados Unidos na quantidade de pentecostais.
A
recente controvérsia do pastor Malafaia com a revista Época no tocante
ao uso da palavra “funicar” numa declaração contra Toni Reis, um dos
líderes nacionais do movimento de defesa dos direitos gays. A palavra
foi grafada pelo repórter como “fornicar”, causando uma onda de piadas
no Twitter e ataques de todo tipo. Embora a revista tenha se retratado, o
episódio rendeu muitas críticas ao pastor.
Explicando
que não tem pretensões de concorrer a cargos eletivos, Malafaia
explica: “Deus me chamou para ser pastor e não vou trocar isso para ser
um político.”
Na
entrevista noticiada pelo jornal há uma citação que mostra a importância
do pastor, que teria sido procurado por vários políticos atrás de seu
apoio, inclusive a então candidata Dilma Rousseff.
Malafaia
conta que respondeu: “‘Eu não tenho nada pessoal contra você. Acho até
que você é uma mulher inteligente e qualificada. Mas como posso votar em
você se passei quatro anos lutando com um grupo de seu partido que
lançou um projeto de lei para beneficiar os gays?”.
O
jornalista afirmou, no final da matéria, que a formação de Malafaia e
de sua esposa, em psicologia o ajuda quando sobe ao púlpito para fazer
“sermões carregados de lições de auto-ajuda e perseverança”.
A
reportagem não deixou de mencionar que ele vive a prosperidade que
prega, classificando-o de “milionário” e que possui uma luxuosa
Mercedes-Benz, além de um jatinho Gulfstream, que traz escrito “Favor de
Deus” na fuselagem. O pastor explicou que comprou usado e rebateu: “O
papa voa em jumbo. Mas, se um pastor viaja em um avião a jato usado, é
considerado um ladrão.”
Traduzido e Adaptado por Gospel Prime de The New York Times
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