A decisão de adiar indefinidamente a resposta ao apelo de um cristão
condenado de difamação e proselitismo na Argélia mostra como o sistema
judicial do país mantém os cristãos presos sem nenhuma legalidade.
Em maio, um juiz em Oran condenou o cristão ex-muçulmano Abdelkrim
Sianghi, a uma pena de cinco anos de prisão. Ele foi acusado de insultar
Maomé e de cometer proselitismo, distribuindo CDs que tinham uma
mensagem cristã.
O promotor tinha pedido, supostamente, que a pena para Sianghi fosse de
apenas dois anos e uma multa de 50 mil dinares (US$ 665 dólares). O
juiz, no entanto, deu-lhe a pena máxima.
Na apelação pedida por Sianghi, no entanto, o juiz não está sendo capaz
de encontrar qualquer evidência contra ele e adiou a data do julgamento
diversas vezes. No dia 1º de dezembro, o julgamento foi adiado por
tempo indeterminado.
“O processo do inquérito está muito estranho, já que o primeiro juiz no
primeiro julgamento já o condenou com a pena máxima”, disse Mustapha
Krim, presidente da Igreja Protestante da Argélia (EPA).
Tudo isso acontece porque em 2006, a lei conhecida como 06-03 foi
aprovada, e ela proíbe o proselitismo com muçulmanos, bem como a
distribuição, produção e armazenamento de materiais usados para este
fim. Muitos consideram que essa lei foi criada a fim de impedir o
aumento da Igreja no país.
A lei também proíbe que igrejas que não são registradas pelo governo
possam funcionar. Em maio, o governador de Bejaia ordenou o fechamento
de sete igrejas que não estavam de acordo com as leis.
Fonte: Portas Abertas
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