Presidente da instituição missionária, que atua no país a mais de 10 anos, pede oração aos crentes de todo o mundo A escola bíblica no Sudão do ministério missionário de Franklin Graham, Samaritan's Purse Bible College (Escola Bíblica Bolsa do Samaritano, em português), foi bombardeado na última quarta-feira (1º). O ministério alega que o ataque foi feito pela Força Aérea sudanesa.
O colégio que fica em Heiban, nas Montanhas Nuba no sul do Sudão, estava cheio de estudantes, professores e familiares quando atingido por oito bombas, pois o ataque aconteceu na tarde do primeiro dia de aula. Ninguém ficou ferido. Duas das bombas caiu no complexo e destruíram dois edifícios. A extensão total dos danos ainda está para ser determinado.
"Temos trabalhado durante anos no Sudão", disse chocado o Presidente da Bolsa do Samaritano, Franklin Graham, em comunicado. "Hoje a nossa escola bíblica foi bombardeada pela Força Aérea sudanesa. Prédios foram destruídos, mas, graças a Deus, ninguém foi morto ou ferido. Por favor, orem pela segurança dos crentes, que Deus venha intervir", fez apelo.
A instituição Bolsa do Samaritano tem apoiado os cristãos nas regiões há mais de uma década, disseram autoridades. O ministério ajudou a construir 168 igrejas na região, em parceria com o Rev. Sami Dagher, que tem apoiado a escola bíblica desde que foi fundada em 2007. Em 2010, Graham falava na cerimônia de graduação para a primeira turma de 36 alunos.
The Christian Post não conseguiu falar com as autoridades sudanesas para comentar a alegação de que o governo lançou os ataques.
O Sudão é um país em guerra que vive conflitos armados desde a metade do século passado, desde o fim do domínio colonial em 1956. Durante décadas de guerra civil brutal muitos milhares de cristãos perderam suas vidas e centenas de igrejas foram destruídas intencionalmente, segundo o site da Bolsa do Samaritano.
Depois de décadas de luta pela independência maioritariamente muçulmana do norte pelo sul do Sudão - que tem uma grande população cristã – eles se separaram em 09 de julho de 2011. Mas as tensões entre os vizinhos têm aumentado recentemente, apenas metade de um ano desde a separação.
Cristãos africanos, atualmente no sul do Sudão, sofreram por décadas guerra e perseguição nas mãos do governo árabe-islâmico. Milhares de crentes foram mortos e centenas de igrejas foram destruídas, especialmente depois que a Frente Islâmica Nacional assumiu o controle do governo em 1989.
Atualmente, há os relatos de atos cada vez mais comuns de violência contra os cristãos restantes provenientes do Sudão.
Ao inspecionar as condições de liberdade religiosa no Sudão em 2011, a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) determinou que houve "violações sistemáticas, contínuas e flagrantes da liberdade de religião ou crença" no país.
Recentes atos de violência política entre o Sudão e o Sul do Sudão criou um afluxo de refugiados sudaneses - cerca de 80.000 pessoas - que fogem para o Sul do Sudão , onde a Bolsa do Samaritano também tem um campo de refugiados. O acampamento tem visto vários ataques, incluindo um atentado em novembro, também supostamente realizado pelo governo sudanês.
A instituição tem trabalhado no que é hoje o sul do Sudão desde 1993, ministrando a centenas de milhares de pessoas ao longo da guerra. Cerca de 411 igrejas foram reconstruídas, as equipes do ministério já distribuíram mais de 260.000 Bíblias em seis línguas e treinou 10.600 pessoas para liderar grupos de leitura da Bíblia, segundo o site da missão.
Fonte: The Christian Post / Redação CPAD News
04 fevereiro, 2012
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