22 novembro, 2012

Opus Dei processa empresa que usou seu nome em video game

Grupo católico quer impedir que seu nome seja “comercializado”

Opus Dei, a poderosa organização que, segundo alguns, comanda a Igreja Católica Romana, está processando uma empresa dinamarquesa por violações de marca registrada envolvendo um jogo chamado “Opus Dei: Existência Depois de Religião”.
Audiências públicas começou esta semana, quando a porta-voz da Opus Dei, Joanna Engstedt, disse à imprensa que a empresa Dema Games, que lançou um jogo de estratégia temático, baseado em questões religiosas, não tem direito de usar o nome de sua organização, que significa “obra de Deus” em latim.
A Dema, uma pequena empresa de jogos, teria registrado o nome em 2009, e afirma em sua defesa que “nenhuma entidade pode reivindicar direitos exclusivos de conceitos religiosos de qualquer espécie.” O jogo foi criado pelo estudante de filosofia Mark Rees-Andersen, 28 anos.
A Opus Dei foi fundada por um padre católico na Espanha em 1928. A aprovação oficial do Vaticano foi emitida pelo Papa Pio XII em 1950. O grupo chamou a atenção mundial quando o livro “O Código Da Vinci” de Dan Brown virou um best-seller internacional em 2003, onde  retratava a rede conservadora de padres católicos como uma seita sinistra e sádica.
Na Dinamarca, o Opus Dei está exigindo que o registro do jogo seja cancelado. Também está pedindo 51 mil dólares em compensações financeiras e o fechamento do site onde o jogo está à venda, explica Janne Glaesel, advogado de defesa da Dema.
“Essas são exigências absurdas”, disse Glaesel. ”Em nossa visão, você não pode obter o direito a um conceito comum, como o Opus Dei, que poderia ser comparado com… outros conceitos religiosos, como o aleluia.”
Opus Dei não tem um representante na Dinamarca, um país predominantemente luterano. O aspecto principal em questão é se esse tipo de processo for bem-sucedido, uma vez que abriria precedente para que o nome de organizações religiosas não pudesse ser usada em nenhum tipo de “produto”. Esse tipo de “censura” é negada pela Igreja Católica que não reconhece oficialmente o processo em questão. The Bellingham Herald.

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