08 fevereiro, 2013

Inauguração de Igreja Católica Carismática gera polêmica em Sorocaba

O arcebispo da ICAR chegou a enviar nota para esclarecer à população que se trata de uma igreja diferente.

A inauguração de uma Igreja Católica Apostólica Carismática na cidade de Sorocaba fez com que o arcebispo da cidade enviasse uma nota para esclarecer seus fiéis que o novo templo não faz parte da Igreja Católica Apostólica Romana.
A Paróquia Bom Jesus é liderada pelo padre Renato Lima que não concordou com a manifestação negativa que o arcebispo fez sobre sua denominação. “Acho que ele está causando mais confusão falando isso, porque nós somos católicos também”, disse ele para o jornal Cruzeiro do Sul.
Pelas regras da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) nenhuma outra denominação pode usar “nomes, termos, símbolos e instituições próprios da Igreja Católica Apostólica Romana”. A regra válida desde 2011 serve para evitar confusões entre católicos.
É com medo dessas confusões que o dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues alertou a população da cidade sobre a diferença entre as igrejas lembrando que o parecer da CNBB deixa claro que tais igrejas não fazem parte da ICAR e que “todos os ritos e cerimônias religiosas por eles realizadas são ilícitos para os fiéis católicos”.
“Assim sendo, recomenda-se vivamente aos féis que não frequentem os edifícios onde eles se reúnem e nem colaborem ou participem de qualquer celebração promovida por esses grupos. Rezemos para que a unidade desejada por Jesus Cristo aconteça plenamente”, diz trecho do texto.
Mas para o padre da Igreja Católica Apostólica Carismática é inconstitucional proibir o uso das palavras “católico”. “Somos católicos também, portanto é normal usarmos este nome. Temos boa relação com padres de outras cidades, e de todos os lugares”, afirma o padre Lima.
“A diferença entre nós e os católicos romanos tradicionais é que os padres não são obrigados a serem celibatários. Podem casar caso queiram. Outra diferença é que realizamos casamento de segunda união, caso a pessoa seja divorciada. E também não somos diretamente subordinados ao papa, apesar de orarmos por ele, mas somos todos católicos”.

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