28 abril, 2013

Adolescentes são acusadas ​​de “blasfêmia” por dançarem durante oração

Grupos radicais pedem punição a jovens na Indonésia

Adolescentes são acusadas ​​de “blasfêmia” por dançarem durante oração
Algo tão inocente como dançar uma música que é sucesso nas rádios pode ter consequências trágicas, dependendo do lugar em que se vive. Cinco meninas da Indonésia foram acusados ​​de blasfêmia por misturarem as orações sagradas do Islã com uma música de um grupo pop.  A polícia abriu um processo e elas poderão enfrentar duras punições por parte das autoridades.
Segundo o jornal The Jakarta Globe, as adolescentes são acusadas ​​de violarem o artigo 156 do Código Penal da Indonésia, que trata de “adulteração de religião”. O motivo é que as alunas de uma escola de ensino médio na ilha de Sulawesi misturaram as orações exigidas pelo Islã  com a canção “One More Night”, do Maroon 5, enquanto faziam uma dança considerada sensual. O vídeo postado no início do mês se tornou um fenômeno viral na Indonésia, maior país muçulmano do mundo
Gravado com um celular, o vídeo de 5 minutos mostra as adolescentes fazendo os tradicionais movimentos de oração alternados com passos de dança, enquanto a música tocando no fundo. O crescente número de acessos no Youtube chamou atenção das autoridades religiosas, que foram até a escola.
O diretor do colégio, identificado como Mu’allimin, declarou estar chateado com a repercussão. Como todas as envolvidas são menores de idade, não foram presas. Contudo, podem ser julgadas e enfrentar algum tipo de penalidade por blasfemarem contra a religião. Se condenadas, poderiam pegar uma pena máxima de cinco anos. As meninas dizem temer por suas vidas.
O caso continua gerando repercussão no país e os membros da Frente de Defesa Islâmica, um grupo conhecido por sua defesa radical da religião nacional expressou sua indignação com o vídeo e fez um protesto em frente à delegacia de polícia local, exigindo punição. As leis sobre a blasfêmia na Indonésia têm sido um ponto frequente de discórdia entre o país e os grupos de direitos humanos.  Com informações Huffington Post

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