04 abril, 2013

CDHM aprova moção de repúdio a Nicolás Maduro por homofobia

Presidente venezuelano tem sugerido que seu adversário nas eleições presidenciais é homossexual.

Nesta quarta-feira (4) a Comissão de Direitos Humanos na Câmara aprovou uma moção de repúdio a Nicolás Maduro, presidente da Venezuela e autor de declarações consideradas preconceituosas.
A proposta foi apresentada pelo deputado João Campos, líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados. Maduro, que era vice de Hugo Chávez e disputará a eleição para permanecer no comando do país, tem feito declarações polêmicas sobre a sexualidade dos adversários.
Maduro tem insinuado que seu adversário na eleição presidencial, Henrique Caprilles, é gay. Num de seus comícios, ao lado da mulher, o presidenciável declarou: “Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres”.
Para analistas a proposta de Campos é uma resposta as recentes manifestações contra a permanência do pastor e deputado federal, Marco Feliciano, na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da casa. PT e PSOL são favoráveis ao governo de Maduro, considerado ditatorial por muitos políticos.
“Penso que essa comissão tem o dever de se manifestar repudiando esse comportamento preconceituoso e discriminatório”, disse João Campos.
A comissão aprovou de forma unânime a moção.  Nenhum movimento social se manifestou repudiando as declarações de Maduro.
Para o colunista da Veja, Reinaldo Azevedo, as declarações de Maduro são contestáveis: “Penso que essa comissão tem o dever de se manifestar repudiando esse comportamento preconceituoso e discriminatório”, escreveu.
Reinaldo também questiona o fato da moção não ter sido proposta por petistas ou psolistas já que sete deputados do PT e dois do PSOL integram a comissão.
“Uau! Nove ‘progressistas’ reunidos não tiveram o bom senso, já que tão amantes da causa, de propor ao menos uma moção de repúdio? Não! Por que não? Porque são todos filobolivarianos, ora essa! Nenhum país latino-americano, diga-se, perseguiu tanto os gays como Cuba”, criticou Azevedo.

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