04 abril, 2013

Marco Feliciano ‘diz o que quer’, ‘estamos num país democrático’, diz Everaldo Pereira


O vice-presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), Everaldo Pereira, em entrevista coletiva defendeu a livre expressão do recém-eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco Feliciano.

Marco Feliciano é alvo de protestos e pedidos de renúncia por causa de suas declarações contra o homossexualismo e interpretação bíblica sobre a África, que foram entendidas como homofóbicas e racistas.
“Nós estamos num país democrático. A felicidade é essa. Graças a Deus que nós estamos num país democrático. Livre opinião, cada um fala aquilo que quer falar. [Sobre as declarações de Marco Feliciano] é um direito que ele tem de falar. Igual as pessoas que o chamam de racista e homofóbico. Racismo e homofobia são crime. Então estão chamando ele de criminoso. Tá certo? Então, cada um diz o que quer”, afirmou Everaldo Pereira.
Sobre o partido reafirmar Marco Feliciano na presidência da CDHM, Everaldo diz que “esse é um assunto encerrado, não tem como sair da comissão”.
Everaldo também afirmou que não recebeu nenhuma notificação de renúncia da deputada Antônia Lúcia (PSC-AC), vice-presidente da Comissão. Segundo o G1, a deputada teria afirmado que iria renunciar ao cargo devido as declarações de Feliciano durante um culto, que a comissão “até ontem era dominada por Satanás”.
O deputado evangélico Marco Feliciano virou alvo da mídia e da sociedade por suas declarações. LíderesLGBT fizeram diversos protestos, alegando que um deputado ‘homofóbico’ não pode servir a Comissão. Outros setores da sociedade também acreditam que o deputado seja homofóbico e racista por suas declarações.
Curta-nos no Facebook 
Líderes evangélicos e representantes da mídia defenderam o pastor por sua liberdade de expressão e religião, alegando intolerância por parte dos líderes LGBT. Eles reclamam que os defensores da causa homossexual estão criminalizando a opinião. “Ser contra homossexualismo não significa ser homofóbico”.
Alguns defensores da “liberdade de expressão e religião” do país também se manifestaram a favor de Marco Feliciano, criticando também a cobertura desigual da mídia.
“O pastor é contra o casamento gay. Eu, por exemplo, sou a favor. O papa também é contra. O repórter passará agora a se referir a Francisco como aquele que faz “declarações contra gays”? Ser contra o casamento gay - isto é, igualar os estatutos das uniões - é ser contra gays? Não é! É só uma opinião”, disse Reinaldo Azevedo, em sua coluna na Veja "Jornalismo ou linchamento?"
A psicóloga cristã Marisa Lobo ironizou em seu Twitter que todos os acontecimentos acarretam na culpa de Marco Feliciano, já que virou alvo da mídia.
“Hugo Chaves vira passarinho e criticaram o @marcofeliciano Amanha no @JornalOGlobo e Jornal nacional”, escreveu ela.
"Papa é Argentino e criticaram @marcofeliciano amanha no @JornalOGlobo e @JNTVGloboBrasil."
O colunista do jornal O Globo, Ricardo Noblat, também ironizou como as manifestações contra Feliciano ajudaram que o senador Renan Calheiros, e Henrique Eduardo Alves se mantivessem em seus respectivos cargos.
No mesmo período em que Marco Feliciano assumiu a presidência da CDHM, Renan Calheiros voltou ao comando do Senado, enquanto que Henrique Eduardo Alves passou a presidir as duas casas do Congresso.
Renan Calheiros responde por denúncias por desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e uso de notas falsas. Já Henrique Eduardo é alvo de denúncias de beneficiar a empresa de ex-assessor com emendas destinadas a obras no Rio Grande do Norte. Segundo Noblat, Henrique recebe um segundo salário que passará de R$34 mil para R$ 38 mil, diferentemente de outros deputados.

0 comentários:

Postar um comentário