11 fevereiro, 2015

Menino cristão escapa do Boko Haram e fala sobre as ações do grupo

O depoimento do jovem pode ser uma pista para que as autoridades encontrem as meninas sequestradas no ano passado
Emmanuel Ogebe, do portal Breitbart, conversou com um garoto cristão que conseguiu fugir dos extremistas do Boko Haram na Nigéria e relatou algumas conversas que presenciou, inclusive falando sobre as mais de 270 meninas que foram sequestradas no ano passado.
O pequeno cristão recebeu o nome fictício de Henry para ter sua identidade preservada. O nome da cidade onde ele morava também foi preservado, primeiro porque os terroristas destruíram o local, e segundo para preservá-lo.
Henry afirmou que teve sorte, pois o “Boko Haram raramente é misericordioso com meninos cristãos”. Ele teve sorte ao ganhar a simpatia do grupo assassino por estar com uma perna lesionada quando foi sequestrado.
No começo eles pensaram que o garoto era um soldado, mas logo entenderam que não e preservaram sua vida. “Ser soldado significa decapitação imediata”, explicou Ogebe. “Aos cristãos em geral é dada a chance de se converter ao islamismo antes de serem mortos. Isso não acontece com soldados – cristãos ou muçulmanos.”
Henry teve contato com alguns extremistas que falaram sobre as alunas sequestradas em Chibok. “Nós perturbamos o mundo sequestrando essas meninas. Se soubéssemos, teríamos feito isso antes”, disseram os terroristas.
Ao garoto os terroristas ofereceram a oportunidade de se casar com qualquer uma das garotas sequestradas. Nessa conversa Henry afirmou que homens e mulheres ficam em espaços separados e que os casados ficam em outra área chamada de MOQ (sigla em inglês para Married Officers Quarters).
“Uma vez que uma mulher é mandada para lá, é um caminho sem volta”, disse Henry que consegue fugir dos extremistas nove meses depois do sequestro, quando descobriu que os terroristas destruíram sua cidade natal, que era uma área completamente cristã.
O depoimento de Henry pode ajudar as autoridades a capturarem as meninas, na visão do repórter é possível que elas, ainda que estejam casadas, sejam encontradas na floresta Sambisa. “A hora de agir é agora”, disse Ogebe. Com informações Portas Abertas

0 comentários:

Postar um comentário