Emmanuel Ogebe, do portal Breitbart, conversou com um garoto cristão que conseguiu fugir dos extremistas do Boko Haram na Nigéria e relatou algumas conversas que presenciou, inclusive falando sobre as mais de 270 meninas que foram sequestradas no ano passado.
O pequeno cristão recebeu o nome fictício de Henry para ter sua identidade preservada. O nome da cidade onde ele morava também foi preservado, primeiro porque os terroristas destruíram o local, e segundo para preservá-lo.
Henry afirmou que teve sorte, pois o “Boko Haram raramente é misericordioso com meninos cristãos”. Ele teve sorte ao ganhar a simpatia do grupo assassino por estar com uma perna lesionada quando foi sequestrado.
No começo eles pensaram que o garoto era um soldado, mas logo entenderam que não e preservaram sua vida. “Ser soldado significa decapitação imediata”, explicou Ogebe. “Aos cristãos em geral é dada a chance de se converter ao islamismo antes de serem mortos. Isso não acontece com soldados – cristãos ou muçulmanos.”
Henry teve contato com alguns extremistas que falaram sobre as alunas sequestradas em Chibok. “Nós perturbamos o mundo sequestrando essas meninas. Se soubéssemos, teríamos feito isso antes”, disseram os terroristas.
Ao garoto os terroristas ofereceram a oportunidade de se casar com qualquer uma das garotas sequestradas. Nessa conversa Henry afirmou que homens e mulheres ficam em espaços separados e que os casados ficam em outra área chamada de MOQ (sigla em inglês para Married Officers Quarters).
“Uma vez que uma mulher é mandada para lá, é um caminho sem volta”, disse Henry que consegue fugir dos extremistas nove meses depois do sequestro, quando descobriu que os terroristas destruíram sua cidade natal, que era uma área completamente cristã.
O depoimento de Henry pode ajudar as autoridades a capturarem as meninas, na visão do repórter é possível que elas, ainda que estejam casadas, sejam encontradas na floresta Sambisa. “A hora de agir é agora”, disse Ogebe. Com informações Portas Abertas
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