Ministros presentes no encontro disseram que o governo ajudou e apoio muitos projetos da causa
Durante a abertura da 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e
Direitos Humanos LGBT a presidente Dilma Rousseff foi criticada por sua
aproximação com parlamentares evangélicos e por não se pronunciar a
respeito da homofobia.
O evento aconteceu em Brasília e reuniu cerca de 800 pessoas que
protestaram contra a presidente. Estavam presentes os ministros Gilberto
Carvalho (Secretaria-Geral) e Maria do Rosário (Direitos Humanos).
“Nossa presidente esteve na ONU e não teve coragem de falar de
homofobia (…) Enquanto acordo com evangélicos for feito nas cortinas do
palácio, o sangue das travestis vai continuar correndo”, disse a
travesti Jovanna Baby, durante seu discurso.
Depois dessa fala, a travesti elogiou o presidente Lula que
participou da primeira conferência em 2008, quando era presidente, e os
presentes levantaram um coro dizendo: “Ô, Dilma, que papelão, não se
governa com religião”.
Para tentar defender a presidente, a ministra Maria do Rosário tentou
lembrar os presentes que não era junto esquecer que o evento e os
outros trabalhos de sua pasta só eram possíveis com o respaldo da
presidente Dilma. Gilberto Carvalho também lembrou que a campanha de TV contra homossexuais foi financiada pelo governo, e que, portanto, Dilma estaria sim cooperando para a causa LGBT.
As críticas estão diretamente ligadas ao fato da presidente ter
vetado o Kit anti-homofobia que seria distribuído para as escolas de
ensino fundamental da rede pública. O projeto foi muito criticado pelas
frentes parlamentares evangélica, católica e da família que pressionaram
o governo para que o material fosse recolhido.
Com informações Folha de SP
20 dezembro, 2011
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