07 fevereiro, 2013

Igreja Universal se defende das acusações contra ela em Angola

Decisão do governo de fechar igrejas divide opinião pública

O ano de 2013 tem sido tumultuado para a Igreja Universal do Reino de Deus em Angola. Após a morte de várias pessoas durante a Vigília O Dia do Fim, na virada do ano, a igreja está sendo investigada pelas autoridades.
Considerada “ilegal” em vários aspectos, todos os cultos da IURD no país foram proibidos por 60 dias. Pelas contas da igreja, são 230 templos, com 430 pastores e cerca de 500 mil fiéis.
Houve várias manifestações apoiando e também criticando a decisão do governo. Nelson Pestana, pesquisador da Universidade de Luanda, chegou a afirmar que a suspensão de uma igreja é “inconstitucional” e que o presidente José Eduardo dos Santos cometeu “um atentado contra a liberdade de religião e do culto”.
O gestor econômico Faustino Mumbika culpou a polícia nacional pelo acidente que custou a vida de 16 pessoas. “A responsabilidade primária é da policia nacional, a falha foi completamente da polícia que a tem a obrigação  pedir desculpas e o estado responsabilizar-se pela indenização das famílias”, asseverou.
Esta semana a Universal se defendeu publicamente, afirmando que sempre respeitou as leis e as autoridades constituídas dos mais de 180 países onde está presente. Lembrou que está no país africano desde 1992 e possui “documentos oficiais expedidos pelo país” para provar.
Afirmou que a direção da Igreja Universal tem colaborado com as autoridades nas investigações das mortes ocorridas no culto realizado no Estádio da Cidadela Desportiva, em Luanda. A igreja insiste que prestou “todo apoio possível aos feridos e aos familiares das vítimas”.
Aproveitou para lamentar o fato de que ocorreram detenções de pastores da IURD em diversas localidades de Angola e que viaturas policiais ficaram estacionadas em frente aos templos.
No final, deixou claro que está “tomando as medidas cabíveis para restabelecer o pleno funcionamento da Igreja naquele país, certos de que a liberdade de religião, consagrada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e reiterada expressamente na Constituição da República de Angola, prevalecerá”.Com informações de Arca Universal e Voz da America.

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