26 julho, 2013

Criminosos usam Bíblia como “proteção” em fugas

Mensagens citando Deus e pedindo ajuda para cometer crimes chamam a atenção da polícia.
Uma reportagem do jornal A Critica alerta para algo cada vez mais comum no estado do Amazonas: criminosos estão encontrando na religião uma proteção para continuar realizando seus crimes, mostrando que os trabalhos nos presídios não estão sendo eficientes na recuperação de homens e mulheres.
No dia 9 de julho o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), em Manaus, passou por uma rebelião onde boa parte dos presos fugiu deixando roupas, sandálias e outros pertences, mas levando as bíblias que eles guardavam nas celas.
A Ronda Ostensiva (Rocam) conseguiu recuperar 50 prisioneiros, muitos deles estavam com bíblias nas mãos e tentavam despistar os policiais se passando por pessoas normais em pontos de ônibus.
A identificação desses indivíduos se deu pelos arranhões que eles tinham pelo corpo. Para o tenente-coronel da Rocam, Renan Carvalho, a Bíblia está sendo usada por esses criminosos como uma proteção.
Mensagens trocadas por celulares entre esses presidiários mostram como a relação com a religião não está impedindo que eles continuem praticando crimes. A polícia revelou um texto onde um bandido pede a proteção de Deus para que seu comparsa consiga realizar o crime em segurança.
“Vá lá mano. Vai dá (sic) tudo certo, Deus está contigo e ele vai cegar esses vermes pra não te enxergarem dentro da mata. Você vai conseguir”, dizia.
Para o ex-arcebispo de Manaus, Dom Luiz Soares Vieira, não há justificativa para essas atitudes. Lembrando que o cangaceiro Lampião, católico devoto de Nossa Senhora, rezava aos sábados e depois cometia assaltos, homicídios e estupros, o religioso fala em personalidade dupla. “Não seria uma espécie de esquizofrenia ou dualidade diante de Deus?”, questionou Dom Luiz.

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