Essas foram as Palavras do Senador Lindberg sobre o comentário feito pelo deputado descrito abaixo:
A crítica de Jean Wyllys propõe uma retrospectiva sobre o apoio protagonizado por Malafaia nas últimas eleições, quando indicou o voto no então governador de São Paulo para presidente: “Todos sabem como Silas Malafaia se comportou nas eleições de 2010 em relação à então candidata do PT Dilma Rousseff. Em conluio com José Serra, candidato do PSDB, ele demonizou a petista e reduziu o debate eleitoral a uma agenda moralista – quase fascista – que obrigou os principais candidatos à presidência a se colocarem contra os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e contra a cidadania plena de homossexuais”.
Wyllys afirma que em 2010, “a militância petista teve ânsias de vômito quando viu imagens de José Serra em cultos evangélicos, acompanhado de Malafaia, proferindo expressões cristãs – ‘A paz do senhor, irmão’ – que, em sua boca, soavam tão naturais quanto um pacote de Tang”, e questiona: “O que essa mesma militância estará dizendo de seu senador?”.
Segundo Jean Wyllys, a imagem de Farias e Malafaia orando lado a lado é uma cena que não pode ser vista como sincera: “A foto da conversão de Lindberg não é só um ‘simulacro’ do real mas, antes, uma simulação descarada. Nela, o mal – a mentira, a enganação, o oportunismo, a desonestidade intelectual, a venda da alma ao diabo – é transparente”.
Usando referências da teoria do “punctum” do sociólogo e filósofo francês Roland Barthes, Wyllys diz que uma imagem “toca-nos independentemente daquilo que, nela, vemos de imediato ou buscamos”, e afirma: “Ambos [Farias e Malafaia] têm consciência de que estão enganando um eleitorado que não por acaso é chamado e tratado como ‘rebanho’ pelo seu pastor. Esforçam-se para parecerem convincentes – e tudo na foto reforça a verossimilhança da cena, inclusive o nome ‘Jesus’ ao fundo. Mas o punctum os desmascara e revela o riso da serpente”.
0 comentários:
Postar um comentário