No parecer, o pastor Aldecy, que também integrou a Comissão eleitoral da CGADB na última eleição, citou diversos artigos do Estatuto da Convenção Geral e da Confrateres e encerra com um pedido de renúncia ou exclusão para o pastor Ivan Bastos : “ Senhores membros da Mesa Diretora da Confrateres, o artigo 17, Inciso I, é taxativo ao dizer que para ser membro da Confrateres é preciso ter o reconhecimento e o credenciamento da CGADB, pois bem, quando algum ministro é desligado da CGADB, ele perde o reconhecimento e o credenciamento da CGADB, no caso em tela qualquer membro da Confrateres que for desligado na CGADB, também automaticamente estará desligado da CONFRATERES… O melhor entendimento, seria o Pr. Ivan Pereira Bastos solicitar o seu desligamento por escrito a CONFRATERES, na forma do artigo 38, inciso VI”. Diz o texto, que propõe ainda a posse imediata do 1º vice-presidente e em caso de não fazê-lo, poderá o 2º o 3º ou ainda o 4º presidente ou o primeiro secretário, ou outro secretário em ordem crescente assumir rapidamente a convenção no prazo de até 30 dias, sob pena de “descredenciamento” da Confrateres junto a CGADB caso não seja cumprido o estatuto no período proposto. O parecer se encerra como o que alguns ministros qualificaram como imposição de “terror” por parte da Convenção Geral quando ameaça dizendo que, “se, as decisões forem por absolver o Pr. Ivan Pereira Bastos das disciplinas aplicadas por ocasião da 6ª AGE, na cidade de São Paulo, a CONFRATERES, terá a suspensão do seu registro na CGADB, o que, também poderá ocorrer uma avalanche de Ações por danos morais ajuizadas contra a Mesa Diretora da CONFRATERES por parte dos demais ministros que também serão excluídos da CGADB, por inércia desta Mesa Diretora”. Completa assim o texto.
Após a leitura, o pastor Ivan disse que não considera o parecer do pastor Aldecy porque o parecer é dele e da CGADB e não da Assessoria Jurídica, uma vez que os demais membros não foram comunicados. Pr. Ivan disse também que estão querendo atropelar o processo porque a decisão da CGADB está num processo que ainda tramita na justiça de Manaus, não foi julgado e que a decisão judicial que sairá a qualquer momento poderá cancelar todos os atos da CGADB.
A maior parte dos ministros membros da diretoria e demais pastores presentes se colocou de pé em favor do pastor Ivan. Para os diretores o fato é mais uma manobra e consideraram uma arbitrariedade a pressa com que querem encerrar o processo (30 dias), uma vez que em nenhum outro processo a CGADB exigiu tanta rapidez no cumprimento. No uso da palavra o pastor Gilson Grisoste saiu em defesa da verdade e disse que o E-mail da Convenção Geral destinado ao secretário vazou antes da reunião para todos os ministros, antes que o próprio presidente recebesse, coisa que nunca aconteceu antes. “Nós precisamos defender a nossa entidade. Somos conhecidos como uma Convenção Fraternal. Onde ficará o nosso respeito e a nossa consideração ao nosso presidente se agirmos agora dessa forma? Eu não posso aceitar uma coisa dessa e depois sair daqui tranquilo pra pregar em nossas igrejas. Como vamos pregar depois o amor, o perdão a benevolência e misericórdia em nossas igrejas se estamos condenando o nosso presidente? Esta não é e nunca foi uma convenção problemática. Desfrutamos sempre aqui de paz e fraternidade. Me desculpe aqui pastor Aldecy mas o senhor tem o seu jeito de pensar e agir mas as coisas não devem ser conduzidas dessa forma. Temos que parar, pensar e agir com calma, sem essa pressa toda. As nossa reuniões sempre foram pacíficas, diferentes de outras convenções, mas as três últimas reuniões tiveram esse tumulto. Nada aqui pode ser por pressão. O senhor é inteligente mas não pode de forma alguma usar isso para se promover ou concorrer a vaga para assumir a presidência. Se for preciso sairemos todos da Convenção Geral, como os irmãos que aqui se manifestaram, porque já estão fartos de tanta podridão, mentira e farsa. .. Isso aqui não nasceu da noite pro dia, isso aqui tem história, não deixaremos que interfiram e arranquem de nós assim de forma súbita o nosso presidente. Onde vamos chegar com isso? A um desmantelamento, uma dilapidação da nossa convenção e isto não nos levará a lugar algum. Hoje eu trouxe o pastor Ivan até aqui porque está com o carro quebrado em casa. Ele me pediu que o trouxesse. Porque seu carro está quebrado em casa e o seu conserto custa dois mil reais. Agora estão querendo sua cabeça, depois de tudo o que ele fez pela gente. Agora eu poderia aqui levantar uma oferta e pedir ajuda para consertar o carro do nosso presidente. Será que alguns se prontificariam isso? Mas agora propor a expulsar, expurgar pra fora, lá para o portão alguém que sempre se dedicou e deu sua vida por essa convenção? isso não podemos de forma alguma aceitar assim de qualquer maneira”. (aplausos).
O pastor Josias foi o último a falar pedindo aos irmãos oração, paciência e prudência, para que as coisas se esfriem e possam analisar de forma democrática e espiritual todas as questões propostas. A Convenção Confrateres é conhecida pela forma de reunir ministros de forma amável, fraternal e como confraternização pacífica em seus encontros. Quero ter paz e comunhão com os irmãos. O que o Diabo quer é nos abater. Mas não vamos baixar a guarda e deixar as coisas se perderem assim não.
Ao final da reunião o pastor disse que tem muita gente orando em seu favor e que aguarda a decisão que está tramitando na justiça para depois agir. Disse ainda que após a decisão convocará outra reunião para tratar esse assunto.
Veja aqui o Parecer Jurídico na íntegra:
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