As imagens e falas do grupo terrorista nestas novas imagens apresentadas em 29 minutos levam a uma inevitável referência ao vídeo já publicado anteriormente, também pelo Estado Islâmico, no qual 21 cristãos coptas foram executados.
Semelhanças como o local da execução (à beira da praia), o posicionamento dos homens a serem executados (enfileirados e de joelhos) são adicionais ao fator que provavelmente seja o que chama mais a atenção de quem assiste ao vídeo – especialmente os cristãos: o vídeo foi novamente direcionado ao grupo que o EI chamou inicialmente de “Povo da Cruz”.
“À nação da cruz: estamos de volta […]. O sangue islâmico derramado por mãos da sua religião não é barato. De fato, o sangue deles era o mais puro”, diz um dos militantes que se coloca como o ‘porta voz’ da organização terrorista, que ainda destacou que as execuções daqueles cristãos representam a vingança em nomes destes muçulmanos, citados anteriormente.
Assim como no vídeo da execução de 21 cristãos coptas, publicado em fevereiro deste ano, estas novas imagens contam com uma edição que impressiona por sua qualidade e daria um ar “cinematográfico” a mais esta produção, não fosse pelo fato de o grupo deixar claro que a veracidade daquelas cenas é indiscutível.
Aliar tanta produção a um vídeo no qual pessoas estão, de fato, sendo executadas traz à tona a certeza de que o Estado Islâmico chega a sentir orgulho e até prazer por estas execuções, a ponto de apresenta-las como uma propaganda de seus ‘serviços’ prestados em nome da divulgação do islamismo pelo mundo.
Com 29 minutos de gravação, o vídeo mostra pelos menos 16 homens sendo decapitados em uma praia e outros 12 sendo baleados em um deserto. Todos foram identificados pelo militante como membros da “Igreja etíope inimiga”.
Falta de energia
Este novo vídeo divulgado pelo Estado Islâmico volta a evidenciar também, uma indiferença diante do terrorismo e da perseguição religiosa sofrida pelos cristãos em diversos países.
O próprio governo brasileiro, por exemplo ainda não se posicionou de maneira clara contra atos brutais como os que o Estado Islâmico vem cometendo até então e também não tem uma legislação que prevê estratégias de combate ao terrorismo.
O fato já foi por diversas vezes criticado pelo deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP), que caracterizou o posicionamento do Governo Federal diante do terrorismo como um exemplo de “falta de energia”.
“Me desespero diante da falta de energia do Brasil em condenar o terrorismo”, afirmou o parlamentar em entrevista, anteriormente. Roberto de Lucena é autor do Projeto de Lei 2443/11, que visa estabelecer critérios precisos para que o Governo Federal combata o terrorismo.
O parlamentar também finalizou recentemente, uma campanha de “40 Dias de Oração pela Igreja Perseguida”, que repercutiu fortemente nas mídias sociais e ganhou a adesão de cristãos em todo o país.
Após a campanha, uma página foi criada no Facebook, com o nome “Eu Sou o Povo da Cruz“. A proposta da fanpage é informar aos internautas sobre a situação da Igreja Perseguida em todo o mundo e estimular a mobilização em favor desta causa cresça cada vez mais.
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