24 maio, 2016

Mercado gospel não tem crise para empresas que buscam por diferencial

Saber trabalhar com evangélicos é um desafio
que precisa de estudo, como analisa o consultor do Sebrae em SP
O mercado da moda para evangélicos está em crescimento mesmo diante da crise econômica. É isso que afirmam os publicitários Pedro Hermano e Gabriel Santacreu, donos da loja virtual Salmo que comercializa roupas e acessórios com o tema cristão.
A loja criada em novembro do ano passado não foi impactada pela crise financeira e continua vendendo seus produtos para o público.
O mesmo acontece com a Saia Bella, loja que pertence a contadora Simone Carvalho. Aberta desde janeiro de 2015, a loja física atende em Guarulhos, na Grande São Paulo, e já se prepara para inaugurar a primeira franquia.
Segundo a reportagem do UOL, a Saia Bella espera faturar entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões neste ano, número cem vezes maior que o investimento de R$ 4 mil feito na abertura da empresa.
A loja Salmo não fala em expectativa de vendas, mas revelou que investiu R$ 350 mil para abrir a loja virtual.
“Somos uma opção de moda para pessoas que têm fé e querem mostrar isso com estilo”, diz Hermano.
As camisetas vendidas na loja dos publicitários trazem frases estampadas como, “Mas tu não serás atingido” e “Senhor guia meus passos”. Já os acessórios trazem símbolos da fé cristã como a cruz.
O sucesso dessas empresas está relacionado também com o diferencial oferecido ao mercado. A Saia Bella, por exemplo, tem uma numeração mais ampla que muitas lojas, indo do tamanho 36 a 52.
A grife Thaís Rodrigues tem feito sucesso exatamente por ter um diferencial: lançamentos semanais e 80% dos looks com estampas exclusivas.
Criada em 2011 pela designer de moda Thaís Rodrigues, a loja conta com confecção própria e coleções que prezam pelos dogmas da religião sem perder as tendências da moda.
O resultado é que além de vestir mulheres evangélicas, a loja também ganhou o público das empresárias – de diversas religiões, que precisam de looks clássicos e elegantes.
Saber atender ao público evangélico também é um fator importante para que o empresário tenha sucesso. “Não se trata de vender roupas com características específicas. É preciso mergulhar de verdade no universo da religião”, ensina Artur Shoiti, consultor de negócios do Sebrae-SP.

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