07 dezembro, 2016

Pastor pode ser preso porque orava diante de clínica de aborto

James Linton teve sucesso ao convencer abortistas a desistirem, irritando os donos do local
Um pastor anglicano da Califórnia pode ser condenado a pagar uma multa ou mesmo ir para a prisão por fazer orações em frente a uma clínica de aborto da Planned Parenthood (PP) em San Bernardino. A interrupção da gravidez é legal nos Estados Unidos e o governo Obama é um dos maiores financiadores da PP.
James Linton estava na entrada do local no dia 7 de outubro e oferecia às mulheres grávidas que entravam aconselhamento e afirmava que desejava orar por elas. A polícia foi chamada e ele acabou sendo levado para prestar depoimento, acusado de invadir propriedade privada. Ele alega que estava na calçada, portanto não houve invasão.
“A prisão do pastor Linton é uma escandalosa violação dos seus direitos”, afirma a advogada Allison Aranda, que atua na Fundação Legal de Defesa da Vida, que atua em campanhas contra o aborto.
“Ele simplesmente ofereceu ajuda e alternativas para que pudesse salvar as vidas preciosas daqueles bebês”, sublinhou. Para Aranda, o líder religioso estava exercendo seu direito à livre expressão, garantido pela Constituição.
O pastor da Igreja Anglicana de Cristo, na pequena cidade de Yucaipa, será julgado nos próximos dias. Se condenado, precisará pagar multa de US $ 400 [R$ 1,350] e pode passar até 90 dias na cadeia.
Segundo o Christian Times, ele está sereno e afirma que tem recebido apoio dos membros de sua igreja. Também enfatiza que, mesmo se for preso, isso não mudas as suas convicções.
“Eu descobri que aconselhamento em lugares púbicos é um dos aspectos mais importantes do discipulado cristão na minha vida”, reiterou.
Em meados de 2015, uma série de vídeos filmados de forma secreta mostraram que a rede da Planned Parenthood negociava partes dos fetos com a indústria farmacêutica. A esposa de Linton estava grávida na época e ao ver o material, ele tomou a decisão de orar pelas mulheres em frente às clínicas de aborto.
“Ver os fetos abortados serem comercializados enquanto minha esposa estava grávida me revoltou. Nós organizamos um protesto e, desde então, vou para a frente daquela clínica da PP todas as sextas-feiras”, disse o pastor, sublinhando que é nesse dia que os procedimentos são realizados.
A clínica de San Bernardino realiza abortos com até 20 semanas de gravidez. Como o pastor teve sucesso em convencer várias mulheres a desistirem de entrar, a PP construiu um muro para tentar limitar o acesso de quem não estava registrado, pois vários ativistas pró-vida faziam plantão no local para conversar com as grávidas todas as sextas-feiras.

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