14 dezembro, 2012

Ricky Martin defende gays e diz que inferno é um “conceito torto”

Cantor participou de conferência pelos direitos LGBT na ONU

O cantor porto-riquenho Ricky Martin participou de em uma conferência sobre homofobia, realizada na sede da ONU, em Nova York, esta semana. Ele estava ao lado do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, e da cantora sul-africana Yvonne Chaka Chaka.
Martin é um ativista dos direitos LGBT desde que revelou publicamente ser gay, em 2010. Aos participantes da conferência afirmou que gostaria de explicar novamente sobre sua sexualidade e que a experiência é linda. E enfatizou: “se eu tivesse que novamente sair do armário, faria tudo de novo”.
De acordo com a agência Associated Press, o secretário-geral da ONU, declarou “Eles [os gays] também, nascem livres e iguais. Eu estou ao lado deles em sua luta pelos direitos humanos”. Ban Ki-moon chamou Martin de “um exemplo maravilhoso para os jovens LGBT e todas as pessoas”. Ele insistiu que a comunidade internacional deve eliminar leis que discriminam as pessoas por causa de sua orientação sexual e lamentou que existem “mais de 76 países” que ainda criminalizam a homossexualidade”, lamentando que “os preconceitos do século 19 continuam alimentando o ódio no século 21”.
O cantor revelou que vivia com medo antes de assumir sua homossexualidade por causa da religião. “Estamos aqui para lutar por justiça social, amor e igualdade… Por muitos anos, eu vivi com medo… Eu me odiava porque cresci ouvindo um conceito muito torto: ‘Você é gay, seu lugar é no inferno… Infelizmente, a homofobia ainda está presente na sociedade (…) Por isso vou continuar usando minha música para falar sobre essa questão”.
Ele reconheceu que teve que parar de pensar em sua cultura para falar com honestidade aos filhos sobre sua opção sexual. “Eu tenho dois filhos maravilhosos e não quero que cresçam sem conhecer o seu pai ou em um lar marcado por mentiras”, disse o cantor. Com informações Terra e Charisma News.