16 maio, 2013

Marina Silva diz que Marco Feliciano é criticado por ser evangélico

Marina Silva muda de opinião sobre Marco Feliciano

No mês de março, Marina Silva, possível candidata à Presidência em 2014, chegou a comentar sobre a eleição do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Na ocasião, a ex-senadora disse que Feliciano era “despreparado” e “jamais poderia assumir” a Comissão por não ter trabalho na defesa dos direitos humanos.
Na terça-feira (14), Marina Silva esteve participando de uma palestra na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em Recife, e foi questionada sobre o assunto, passando a dizer que o deputado está sendo hostilizado por questões religiosas.
“Feliciano está sendo mais hostilizado por ser evangélico que por suas declarações equivocadas”, disse ela. As declarações ditas como “equivocadas” seriam as polêmicas envolvendo a maldição de Noé sobre os africanos e a posição do parlamentar sobre o casamento gay.
“Hoje, se tenta eliminar o preconceito contra gays substituindo por um preconceito contra religiosos”, completou Marina Silva falando sobre o “jogo de injustiças” criado por essas críticas a respeito do deputado.
A líder do novo partido, Rede Sustentabilidade, concedeu uma entrevista à Rádio Jornal defendendo o Estado laico e dizendo que religião e política não devem ser misturadas. “Nas reuniões [que faço] com lideranças evangélicas procuro fazer em espaços neutros, para não transformar púlpito em palanque”, disse.
Feliciano não está preparado
Mesmo sendo evangélica Marina Silva não deixa de repetir seu discurso dizendo que o deputado Feliciano não está preparado para presidir a comissão.
“O pastor Feliciano jamais poderia assumir a Comissão de Direitos Humanos. Ele é despreparado e não tem os princípios básicos que essa comissão precisa. Ele não tem condições mesmo”, disse ela.
Para ela o despreparo não é a questão religiosa, mas a falta de cultura sobre o assunto da CDHM. “Eu não gosto quando a questão fica religiosa, ela é uma discussão de cultura de direitos humanos, coisa que o deputado não tem. Não interessa se ele é evangélico”.

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