26 agosto, 2013

“Artistas são profetas”, defende grafiteiro cristão

Dave Young Kim acredita que as igrejas deveriam incentivar mais a arte
“Eu acho que artistas podem ser uma influencia positiva nessa sociedade, em suas comunidades… Sua mensagem é importante… Artistas são como profetas, eles tem a habilidade de dizer às pessoas algo que precisa ser dito”. Esse é o pensamento do artista de rua Dave Young Kim.
Vivendo na Califórnia, ele conta que foi criado em um lar cristão, mas na adolescência se envolveu com gangues, armas, drogas e crimes. Nessa época começou a pichar para “marcar território” como faziam todos os demais membros do grupo.
Depois de alguns anos ele abandonou essa vida. Voltou a estudar, formou-se em Artes pela Universidade Davis da Califórnia. Porém, não abandonou as latas de spray. Ele fazia parte de um grupo de estudo bíblico na igreja Regeneration, na cidade de Oakland, famosa pela violência.
Convidado pelo pastor, iniciou um trabalho onde ensinava artes para os meninos e meninas que passam boa parte do dia andando pelas ruas. Vivendo numa casa comunitária com outros membros da igreja, ele trabalhou também em um centro de recuperação para drogados e estudou a Bíblia. Para ele foi como passar um tempo em um monastério.
Enquanto terminava a terceira leitura completa da Bíblia naquele ano, decidiu iniciar um projeto artístico. Basicamente, ele escolheu uma área abandonada, retirou o lixo e pintou um grande mural. A mensagem era clara “esperança e transformação”.
Considerado um dos melhores grafiteiros do Estado, ele acredita que não precisa escrever o nome de Jesus ou versículos bíblicos para produzir “arte cristã”. Seus murais têm mensagens variadas, mas o objetivo é sempre o mesmo: convidar as pessoas da comunidade para pensar sobre suas vidas.
“Estou sempre me perguntando se eu estou vivendo a minha vocação. Consigo me conectar com as pessoas, enquanto pinto um mural? Deixo um impacto duradouro com isso? As pessoas conseguirão sentir a presença de Jesus enquanto eu estava lá?”, são essas as suas ambições.
Recentemente fizeram um curta-metragem sobre sua vida e arte. Ele diz que nunca esperou por isso, mas deseja que seja “uma faísca que comece incêndios”. Para Kim, a arte pode refletir o aspecto divino da criação e trazer mais beleza para o mundo. E as igrejas deveriam se interessar e estimular mais os seus membros a se expressarem artisticamente. Com informações de Christianity Today.

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