05 setembro, 2013

Caio Fábio questiona a homofobia dos evangélicos

Programa Papo de Graça abordou novamente a “questão gay”
O pastor Caio Fábio já foi uma das vozes mais influentes da igreja evangélica brasileira. Contudo, depois de ter um caso extraconjugal nunca mais teve o mesmo tipo de aceitação.
De tempos em tempos ele usa seu programa “Papo de Graça” transmitido pela internet, para analisar algumas questões relativas a igreja no país. Muitas vezes os assuntos abordados por ele são perguntas enviadas pelas pessoas que acompanham as transmissões.
O tema do programa de ontem (4) é “Você já parou pra pensar sobre a razão pela qual apenas determinadas anomalias te provocam um ódio especial?” Mais uma vez uma ele abordou a questão da homossexualidade. Sua posição, já explicitada em outras ocasiões, é que “existem diferentes tipos de homossexual: de nascença (genético), de trauma (feito) e depravado-ideológico (escolha luxuriosa proselitista)”.
O ponto de partida foi uma matéria sobre homofobia de quase 10 minutos, exibida pelo Fantástico no último domingo. Embora já tenha falado sobre o assunto em outros programas, retomou a questão. Sempre ressaltando que os gays devem ser respeitados como pessoas, explicando que a questão de Romanos 1 é meramente sobre a “escolha do pecado” e que isso nem sempre é entendido pelos evangélicos.
Em um texto postado em seu site recentemente, o pastor Caio afirmou que não é um “liberal” por dizer que nem todo gay vai para o inferno. Usando o texto de I Tessalonicenses 4, pontua que “Sendo a pessoa um ser gay, mesmo que este não seja o ideal de Deus para ninguém, ainda assim, diz Jesus, “há aqueles que nascem eunucos”; ou seja: com alguma diferenciação anômala em relação ao natural. Assim, Jesus disse que há os nascem assim, há os que são tornados assim pela intervenção abusiva de outros, e há os não são assim, mas se fazem assim [...], pois escolhem o modo de expressão sexual deliberadamente “contrário à natureza”, por escolha, capricho e culto hedônico…. há o caso dos que não conseguem deixar de se sentirem homoafetivos, posto que o sejam”. Essas pessoas, não devem se promiscuir; mas “antes buscar na sua relatividade o melhor valor, a melhor ética, o melhor estado possível para ser; o que implica em ter uma relação exclusiva, e nunca promíscua”.
Em resumo, acredita que ser gay é uma anomalia com a qual algumas pessoas nascem, mas a condenação está na promiscuidade.
No programa dessa quarta, o enfoque foi a “ira” ou “indignação” dos evangélicos em relação aos casais homossexuais. A reflexão de Caio se pautou sobre o “ódio especial” contra o “excesso” das relações homoafetivas. No final, pediu que os evangélicos se questionassem qual a sua motivação para agredir ou até mesmo matar os gays. Ressaltou ainda que Jesus deveria ser o modelo para os gays e que os evangélicos não poderiam sentir mal apenas por essa anomalia, uma vez que o mundo está cheio delas.
Assista:

1 comentários:

  1. É o que eu sempre digo: Tratar os diferentes no mesmo patamar de igualdade é o que irá demonstrar o amor que tanto anunciamos. Infelizmente na prática a máscara cai.

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