19 setembro, 2013

Debate sobre aborto levanta questões sobre uso da camisinha e promiscuidade

Representante da CNBB defende a vida na concepção e diz que não apenas os cristãos, mas também os ateus são contra o aborto
O segundo programa “Desafio”, do site iG, debateu sobre a legalização do aborto tendo como participantes Regina Soares Jurkewicz, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, e Hermes Rodrigues Nery, da Comissão em Defesa da Vida da CNBB.
O debate foi intermediado por Rodrigo de Almeida, diretor de jornalismo do iG, que iniciou ouvindo a opinião de Regina Jurkewicz dizendo que ela, ao defender o aborto, está tentando garantir métodos preventivos como a educação sexual que acabariam impedindo a prática do aborto.
“Eu sempre digo assim: nós não somos favoráveis ao aborto, mas favoráveis à legalização. Porque pela experiência dos países que legalizaram, a gente sabe que junto com a legalização vem os serviços de saúde, acesso contraceptivo e a educação sexual. Tudo o que evita o próprio aborto”, disse ela.
O representante da CNBB defendeu a posição da Igreja Católica dizendo que a vida começa da concepção e precisa ser defendida. “Ali [na concepção] começa a pessoa humana. Ali ela precisa ser protegida e ter a sua dignidade garantida em todas as fases da sua vida”.
Nery também citou uma pesquisa do Datafolha que 82% dos ateus no Brasil foram contra a legalização do aborto, mostrando que não é só os religiosos que defendem a vida. O professor também refutou as afirmações dos defensores do aborto sobre o aborto clandestino ser a principal causa da morte das mulheres no país.
Regina defende seu posicionamento chegando a citar de líderes católicos que há séculos questionavam se a vida humana começa mesmo na concepção ou não, dizendo que não há um conselho universal nem entre os cientistas, nem entre os teólogos sobre o tema.
“Estamos vivendo um holocausto silencioso dentro do ventre materno. Milhares de crianças, de bebê, estão sendo privados do direito à vida”, disse Hermes Rodrigues Nery lembrando que o aborto é uma tortura para a criança.
A discussão acabou tomando outros rumos chegando a debater a condenação da Igreja para o uso de camisinha e a promiscuidade como fator principal para a disseminação da Aids.
Assist

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