22 abril, 2015

Travesti que arrancou orelha de carcereiro diz que estava “possuída pelo demônio”

Ela negou que tenha sido torturada por policiais
As fotos da travesti Verônica Bolina, 25 anos, com o rosto desfigurado após uma briga na delegacia impressionaram os internautas na última semana. O caso chegou a ser tratado como violência policial, mas a detenta resolveu assumir a culpa na briga com os seus colegas de cela e com o carcereiro que tentou ajudá-la.
“Eu estava possuída pelo demônio”, disse Bolina que foi detida após ser acusada de tentar matar uma vizinha de 73 anos. Ela foi presa na carceragem do 2º DP no Centro de São Paulo no dia 10 e dois dias depois arrumou briga com os outros detentos.
Segundo a polícia, a travesti se masturbou no local e os presos começaram a agredi-la. Um carcereiro entrou na cela sozinho para defendê-la dos demais e também foi atacado por Bolina que mordeu e arrancou a orelha dele.
O delegado Luiz Roberto Hellmeister explicou que os ferimentos no rosto de Bolina não foram causados pelos policiais. “Quem lesionou a cara dele no soco foi a vítima [carcereiro] que perdeu a orelha. Não foi porque era travesti”, explicou.
Muitos órgãos liderados pelos grupos LGBT tentaram tratar o caso como preconceito, mas a própria travesti negou que foi torturada e deu depoimento para a coordenadora estadual de Políticas para Diversidade Sexual, Heloísa Alves, esclarecendo o caso.
“Eles tiveram que usar das leis deles. Eu só foi contida, não fui torturada”, afirmou Bolina. Seu depoimento foi criticado pelos militantes LGBT. Com informações Folha de SP

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